Voz Passiva Analítica É Sintética Exemplos oferece uma análise aprofundada sobre as nuances da voz passiva na língua portuguesa, explorando as diferenças entre a voz passiva analítica e a voz passiva sintética. A análise aborda os elementos gramaticais que definem cada construção, incluindo a utilização de verbos auxiliares, particípios e pronomes apassivadores.
Através de exemplos práticos e tabelas comparativas, o estudo demonstra as características e aplicações de cada voz passiva, revelando a importância de sua correta aplicação para garantir a clareza e a precisão da comunicação escrita.
A voz passiva analítica, caracterizada pelo uso do verbo auxiliar “ser” e do particípio passado do verbo principal, e a voz passiva sintética, que utiliza o pronome apassivador “se”, são ferramentas essenciais para a construção de frases que enfatizam a ação recebida pelo sujeito.
A escolha da voz passiva adequada depende do contexto e do efeito desejado na comunicação. O estudo também destaca as vantagens e desvantagens de cada construção, comparando sua aplicação em diferentes tipos de textos, como notícias, artigos científicos e textos literários.
Voz Passiva
A voz passiva é uma construção gramatical que indica que o sujeito da frase sofre a ação verbal, ao contrário da voz ativa, onde o sujeito é o agente da ação. Na língua portuguesa, a voz passiva pode ser analítica ou sintética.
Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é caracterizada pelo uso do verbo auxiliar “ser” conjugado no tempo e modo correspondentes ao verbo principal, seguido do particípio passado desse verbo. A estrutura da voz passiva analítica é a seguinte:
Sujeito paciente + verbo auxiliar “ser” + particípio passado do verbo principal + complemento agente (opcional)
Por exemplo, na frase “O livro foi escrito por Machado de Assis”, o sujeito paciente é “o livro”, o verbo auxiliar é “foi”, o particípio passado é “escrito” e o complemento agente é “por Machado de Assis”.
Exemplos de Frases na Voz Passiva Analítica
- O bolo foi assadopela minha mãe.
- A casa será pintadapelos trabalhadores.
- O carro foi compradopor meu pai.
- A música está sendo tocadapelo pianista.
Comparação com a Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética, por sua vez, é formada pelo verbo principal na terceira pessoa do singular ou plural, seguido do pronome apassivador “se”. A estrutura da voz passiva sintética é a seguinte:
Verbo principal na terceira pessoa do singular ou plural + pronome apassivador “se” + complemento agente (opcional)
Por exemplo, na frase “Vendem-se casas”, o verbo principal é “vendem”, o pronome apassivador é “se” e o complemento agente é “casas”.
Função da Preposição “por” ou “pelo”
Na voz passiva analítica, a preposição “por” ou “pelo” é utilizada para indicar o agente da ação verbal, ou seja, a pessoa ou coisa que realiza a ação.A preposição “por” é usada quando o agente é um substantivo ou pronome, enquanto “pelo” é usado quando o agente é um artigo definido masculino singular.Por exemplo, na frase “O livro foi escrito por Machado de Assis”, a preposição “por” indica que Machado de Assis é o agente da ação de escrever o livro.
Voz Passiva Sintética: Voz Passiva Analítica É Sintética Exemplos
A voz passiva sintética, também conhecida como voz passiva pronominal, é uma construção gramatical que indica que o sujeito da frase sofre a ação verbal, mas sem a presença explícita do agente da ação. Ela se diferencia da voz passiva analítica, que utiliza o verbo auxiliar “ser” conjugado no tempo e modo correspondentes ao verbo principal, seguido do particípio passado do verbo principal.
Na voz passiva sintética, a ação é expressa por um verbo transitivo direto na terceira pessoa do singular ou do plural, acompanhado do pronome apassivador “se”.
Características da Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é caracterizada pelo uso do pronome apassivador “se” e por um verbo transitivo direto na terceira pessoa do singular ou do plural. O sujeito da frase é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
Exemplo: “Construiu-se um novo hospital na cidade.”
Nessa frase, o sujeito “um novo hospital” é paciente da ação verbal “construir”. O pronome “se” indica que a frase está na voz passiva sintética. O agente da ação, quem construiu o hospital, não é explicitado.
Aplicações da Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é frequentemente utilizada para:
Desviar o foco do agente da ação
Quando o agente da ação é irrelevante ou desconhecido, a voz passiva sintética permite que o foco seja direcionado para o paciente da ação.
Tornar a frase mais concisa
A voz passiva sintética é geralmente mais concisa do que a voz passiva analítica, pois não exige o uso do verbo auxiliar “ser”.
Dar ênfase ao sujeito paciente
Ao omitir o agente da ação, a voz passiva sintética coloca o sujeito paciente em destaque.
Regras Gramaticais da Voz Passiva Sintética
Concordância verbal
O verbo na voz passiva sintética concorda em número e pessoa com o sujeito paciente.
Verbo transitivo direto
A voz passiva sintética só pode ser utilizada com verbos transitivos diretos.
Pronome apassivador “se”
O pronome “se” é essencial para a construção da voz passiva sintética.
Comparação entre Voz Ativa, Passiva Analítica e Sintética
A tabela a seguir compara as três construções:| Construção | Exemplo | Observações ||—|—|—|| Voz Ativa | O governo construiu um novo hospital. | O sujeito é agente da ação. || Voz Passiva Analítica | Um novo hospital foi construído pelo governo.
| O sujeito é paciente da ação e o agente é explicitado. || Voz Passiva Sintética | Construiu-se um novo hospital. | O sujeito é paciente da ação e o agente não é explicitado. |
Concisão e Clareza
A voz passiva sintética é geralmente mais concisa do que a voz passiva analítica, mas pode ser menos clara em alguns casos. Se o agente da ação é importante para o entendimento da frase, a voz passiva analítica pode ser uma escolha mais adequada.
Exemplos e Aplicações Práticas
A voz passiva analítica e a voz passiva sintética são ferramentas importantes na gramática portuguesa, permitindo a construção de frases que enfatizam a ação recebida pelo sujeito, ao invés do agente da ação. Compreender a diferença entre essas duas vozes passivas é essencial para a escrita clara e precisa.
Frases na Voz Passiva Analítica e Sintética
Para ilustrar a diferença entre as duas vozes passivas, observe os exemplos a seguir:
- Voz Passiva Analítica:“O carro foi comprado pelo meu pai.” – Nesta frase, o sujeito paciente (“o carro”) é destacado, e o agente da ação (“meu pai”) é apresentado por meio da preposição “por”.
- Voz Passiva Sintética:“Comprou-se o carro.” – Aqui, o sujeito paciente (“o carro”) é apresentado após o verbo auxiliar “se”, e o agente da ação não é explicitado.
Utilização da Voz Passiva em Textos
A escolha entre a voz passiva analítica e a voz passiva sintética depende do contexto e do efeito desejado.
- Notícias:A voz passiva analítica é frequentemente utilizada em notícias para destacar o evento, sem necessariamente mencionar o agente da ação. Exemplo: “O presidente foi eleito por maioria absoluta.”
- Artigos Científicos:A voz passiva analítica é utilizada para manter o foco na pesquisa e nos resultados, evitando a menção frequente do pesquisador. Exemplo: “Os dados foram analisados utilizando o método estatístico X.”
- Textos Literários:A voz passiva analítica pode ser utilizada para criar um efeito de suspense ou mistério, ocultando o agente da ação. Exemplo: “A porta foi aberta, mas ninguém entrou.”
Vantagens e Desvantagens da Voz Passiva
A voz passiva oferece algumas vantagens, mas também apresenta desvantagens.
- Vantagens:
- Permite enfatizar o sujeito paciente.
- Pode tornar a frase mais formal e impessoal.
- Oculta o agente da ação, se desejado.
- Desvantagens:
- Pode tornar a frase mais longa e complexa.
- Pode tornar a escrita menos direta e clara.
- Pode obscurecer a responsabilidade pelo ato.
Importância da Escolha da Voz Passiva Adequada
A escolha da voz passiva adequada é crucial para garantir a clareza e a precisão da comunicação. A voz passiva analítica é mais adequada quando se deseja destacar o sujeito paciente ou quando o agente da ação é irrelevante. A voz passiva sintética é mais adequada quando se deseja enfatizar a ação em si ou quando o agente da ação é desconhecido.
A compreensão das nuances da voz passiva analítica e sintética é fundamental para a construção de frases claras, precisas e eficazes. O estudo apresentado demonstra as características e aplicações de cada construção, oferecendo uma análise completa de suas particularidades gramaticais e estilísticas.
A aplicação consciente da voz passiva em diferentes contextos garante a comunicação eficaz e a construção de textos que transmitem a mensagem com clareza e precisão.